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domingo, 27 de março de 2011

Cap 2-

-Susan, já são quase seis horas, se você quiser ir bonita para ele, tem que se arrumar agora.


-Ainda falta cinco horas Laura.

-Tem tanto para fazer, cabelo, unha, vestido, e tem que arrumar o sapato e bolsinha que combine.

-Laura, é uma balada não um casamento.

-Tem que passar boa imagem não é?


-Ta bom, tudo isso eu aceito, menos a parte do vestido.


-Você ia ficar tão linda.

-Odeio vestido.

Quando entramos em casa, ela abriu o chuveiro para mim, e falou para eu ir tomar banho, quando ela saiu do quarto sabia que ela estava fuçando no meu guarda roupa tentando achar um vestido decente, mesmo falando que não queria vestido sei que ela fingiria não me escutar.

Sai do banho, vi uma bolsinha prateada, ela tinha ligado já a chapinha, e brincou comigo abrindo e fechando a chapinha, quando sequei o cabelo, me sentei na cama, e ela começou alisar meu cabelo, as vezes eu puxava um pouco porque ela arrancava uns fios de cabelo.

-Susan, vou esperar do lado de fora, quando você estiver pronta me chama ta bom?

-Ta bom Laura.

Foi rápido para colocar o vestido, o difícil foi colocar o sapato, fiquei mais ou menos cinco minutos tentando colocar o sapato, em cada pé. Quando finalmente consegui colocar fui ao banheiro, abri o armarinho e peguei um batom que não usava fazia dias, era vermelho combinava com meu vestido.

Me sentei na cama, e respirei fundo.

-Pode vim Laura.


Ela entrou no quarto, e fez uma cara de espanto, sorrio para ela meio sem graça.


-Quem é você e o que fez com minha amiga Susan?

-Pego pesado agora, Laura.

-Desculpa é porque você esta muito diferente.

Concordei com minha cabeça, quando olhei o relógio que tinha pendurado no meu quarto, bem... Laura tinha razão já era nove e meia. Não acredito que demorei cinco horas para me arrumar.

Ela sentou do meu lado, e me abraçou.


-Você esta linda amiga.


-Obrigada...

Uma buzina do carro tinha tocado três vezes, quando olhei na janela era ele, camiseta branca, com um casaco de couro. Desci as escadas, Laura estava logo atrás de mim quando chegamos na rua olhei para ela, fazendo um sinal perguntando como estava ela concordou com a cabeça, bem, isso quis dizer que eu estava bonita. Quando cheguei perto do carro e foi em minha direção, me deu um beijo no rosto, abriu o carro me dando a mão para ajudar a entrar e quando entrei ele foi até o outro lado e sentou do meu lado, ele olhou para mim com um sorriso no rosto.

-Esta linda.

-Obrigada , e você esta charmoso.

Sorri meio sem graça, quando ele veio com sua mão me tocar começou a acariciar meu rosto e eu tirei sua mão do meu rosto...

-Acho meio cedo...

-Desculpe.

Ele ligou o carro, e começou a dirigir não conseguia parar de olhar para ele, o perfil dele era lindo até que olhei pro lado, e vi a balada passar.

-Onde vamos? Você passou da balada.

Ele riu me olhando, e depois volto a olhar o transito.

-Aonde vamos?

De repente ele parou o carro em frente de um restaurante cinco estrelas, fiquei com boca aberta, nunca tinha pensado em entrar num...

-Você esta brincando comigo não é Robert ?

-OQue tem? Um amigo não pode trazer uma amiga num restaurante cinco estrelas?

Ele saiu do carro, abriu a porta para eu sair, quando sai ajeitei o vestido com a mão e entrei. O lugar era lindo, me perdia por ser tão grande aquele local. Ele arrastou a cadeira, para eu sentar, nunca ninguém tinha feito isso comigo.

-Robert, por que quis me trazer aqui?

Ele segurou minha mão, apertou levemente e sorriu.

-Não esta na hora de saber o porque, mas sim de aproveitar esse momento.

Sua resposta foi tão... Que eu não conseguia mais pergunta daquele assunto, ele olhava nos fundos dos meus olhos, e quando via que eu estava mais tímida do que normal, virava a cabeça.

O resto do jantar foi ótimo, chegou a hora de ir embora, levantamos, ele andava de mão dada comigo, isso era estranho por ser só amizade, quando olhei um garçom não me via com as coisas que carregava, e trombou em mim, fazendo eu e alguns copos de vidros caírem no chão.

-Me desculpe senhorita, não vi...

Percebi que ele estava arrependido.

-Não foi nada.

-A senhorita se machucou?

Ele olhava para mim com olho arregalado assutado com o que aconteceu, e também com medo de eu ir reclamar pro gerente. Olhei para minha mão e vi o sangue escorrendo.

-Só um cortinho.

Quando olhei pro Robert ele encarava o machucado que tinha feito, seu rosto estava assutador cara séria parecia que ele ia ter algo lá.

-Robert você está bem?

Seus olhos começaram a fica escuros, e algumas veias no rosto apareceram.

-Tenho que ir no banheiro.

Sua voz era pior que a sua aparência, admito aquela hora ele me assustou, ele se virou e foi correndo pro banheiro, enquanto o garçom me ajudava a levantar, outro veio com um saco de gelo e um pano para por no meu machucado, o pessoal do restaurante fica olhando para mim com cara de espanto, realmente não gostava de ser o centro das atenções. Os garçons ainda me pedia desculpa, eu já nem prestava mais atenção neles, eu ficava olhando para a porta do banheiro ver se Robert aparecia.


-Me desculpa, o seu jantar será por conta da casa.


-Não precisa.


-Faço questão.


Sorri quando vi Robert sair do banheiro, parecia mais tranquilo menos tenso.


-Me desculpa, não gosto de ver sangue.


-Tudo bem, entendo você.


Ele me deu sua mão e me levou até o carro, quando entramos não conseguimos conversar... Ficou um silencio até o meio do caminho.


-Então o que foi aquilo?


Minha voz estava seria, o olhar dele estava fixo no transito.


-Aquilo o que?


Ele parecia estar rindo do que perguntei, mas eu não via nenhuma graça.


-Seu rosto... Ficou diferente depois do tombo.


-Eu já disse, não gosto de sangue.


-Certeza? Parecia que você queria muito ver meu sangue.


-Para com isso.


-Ta bom, já que não liga eu posso tirar esse pano que esta na minha mão não é?


Desenrolei o pano que apertava minha mão para não sair mais sangue, já não estava mais doendo como antes... Só ardendo.


-Coloca esse pano de novo. Susan coloca eu não estou de brincadeira.


-Ou o que?


Ele estacionou o carro e olhou no fundo do meus olhos, algo estava errado com ele e isso me dava medo. Mas ao mesmo tempo vontade de saber o que.


-Chegamos.


Olhei pro lado e vi minha casa, com as luzes todas ligadas, minha mãe devia estar me esperando.


-Tchau.


Desci do carro, e fuin andando até a porta, quando olhei para trás ele já estava entrando em sua casa, respirei fundo, e senti uma gota de lagrima escorrendo em meu rosto, sentei na varanda e senti alguém chegando perto.


-Oi maninha. Sentiu minha falta?


Não podia ser, não era verdade, meu irmão? Mas por que ele volto para Nova York? Me levantei e abracei ele.


-Claro seu bobo. Mas o que você esta fazendo aqui? Pensei que você estava estudando.


-Resolvi estudar aqui. Afinal se eu ficasse mais um temó lá você ia morrer de saudades.


-Fica quieto.


-Sabe quem eu trouxe?


-Namorada nova? Nossa, você não mudou nada.


-Não boba, seu namorado.


-Que?


Eu não queria ver ele, muito menos escutar sua voz, não quero. Ele me magoou.


-Sentiu minha falta Susan?


-Ainda tenho que responder?


Meu irmão abriu a boca e respirou fundo.


-Vou deixar vocês a sós.


Quando ele entrou, Derek chegou perto de mim, colocou suas mãos em minha cintura.


-Ainda magoada?


Ele me deu aquele seu sorriso, nojento que me dava ódio, deu vontade de bater na cara dele. Mas infelizmente minha mão estava machucada.


-Só poeque você resolveu me largar por causa de uma outra? Não, achei coisa melhor do que você.


-E eu só penso em você.


Seu olhar, ainda mexia comigo, queria tanto sentir raiva dele, mas não dava, ele foi meu primeiro namorado.


-Quanto tempo você vai ficar aqui?


-O ano todo.


Aquele momento me deu vontade de sair correndo pelas ruas e arrancar a cabeça do primeiro que passar na minha frente. Mas respirei fundo e olhei para o chão.


-Você não ficou feliz? Olha que maravilha eu vou dormir na sua casa!


-Na casinha do cachorro não é?


-No seu quarto.


Ele sorriu, com um sorriso me dava ódio, o mesmo sorriso que vi ele dando para aquela menina...


-Prefiro que seja na casinha do cachorro.


-Vocês não tem cachorro.


-Para isso serve os vizinhos.


Ele riu, e começou a fazer carinho em meu rosto, deu vontade de dar um tapa nele de novo, mas respirei fundo e me virei e dui para cozinha.


-Filha o que foi?


-Seu amiguinho esta lá fora. Por que não vai até lá?


Não sei o motivo mas tinha algo que minha mãe adorava nele.


-Um dia vocês voltam, foram feito um para o outro.


Ela sorriu para mim, ótimo minha mãe amava ele e eu estava preste a ter uma mãe inimiga.


-Mãe... Se você gosta tanto dele... Por que não namora com ele?


Quando fui perceber... já tinha falado, ela já tinha ficado brava, enfio a faca que segurava na tabua de bater carne e foi para seu quarto. Voltei lá fora, ele já tinha ido. Sai de casa, comecei a andar pela rua, eu ia no meu lugar favorito o cemitério, sei que é meio estranho...



***************************************************



Quando sentei no chão, comecei a pensar coisas horrorosas, tive lembranças que passei, acidente no jantar, briga com mão e o mais difícil Derek. Bem... Nessas horas penso em ter um diário, para colcar todos meus problemas mas tenho certeza que depois de algumas semanas não iria mais escrever. Não tinha paciência para escrever esse tipo de coisa.


-Susan? O que esta fazendo aqui?


Aquela voz, era conhecida mas não lembrava de onde e afinal, não estava nenhuma vontade de saber quem era. Mas iria ser falta de educação não olhar. Era ele. Robert com outra roupa. Admito era ver ele melhor assim do que para ele me levar num lugar que me sentia deslocada.


-Oi Robert, longa história...


-Tenho tempo para escutar.


Ele se sentou na minha frente, é era estranho falar com apessoa que você acha que sentia algo por ele, afinal era um cemitério olha que lugar bom para se conversar.


-Sempre vistio aqui. Minha irmã esta enterrada aqui...


-Ou... Meus pêsames.


-Faz um pouquinho de tempo, uns seis anos. -Respirei fundo, não era acostumada a contar e falar sobre aquele assunto - Isso aconteceu em 2005, agente estava viajando com nossos pais, estávamos na nossa casa de praia vendo TV como se fosse duas garotinhas santinhas, enquanto meus pais saíram com meu irmão, e nos deixou em casa sozinhas...


Senti algumas gotas de lagrimas escorrerem no meu rosto, era difícil falar disso para mim, o fato aconteceu por minha causa...


-Minha irmã foi até a cozinha e começou a ligar o fogão e desligar, até que eu falei para ela para, um pano estava numa das bocas do fogão e minha irmã acabou ligando todas as bocas.


-Se quiser parar pode. Não irei te forçar a falar algo que não queria.


Já estava no final, sei que podia continuar.


-Ai você sabe, começou o incêndio, não sabíamos o que fazer, o fogo estava aumentando cada segundo, quando vimos os bombeiros arrobando a porta, o fogo já estava em tudo, sofá, cama... Fui a primeira a me pegarem, me puseram na ambulância. Foram salvar ela depois... mas já era tarde de mais uma tabua do teto havia caído bem em cima dela ela acabou morrendo, por causa do peso e por estar com fogo.


-Me desculpa se fiz você chorar de novo por esse fato horrível.


-E tudo isso por minha causa... Antes disso havia feito uma aposta, duvidei que ela ligaria o fogão...


-Aconteceu. Se aconteceu isso é que tinha que acontecer.


-Na verdade não. São nossas atitudes que colocam nós em risco.


-Não é culpa sua. Foi um acidente. Você não pode sofrer por algo que já aconteceu.


-As vezes pergunto, o porque, que ela morreu, por que não fui eu?


-Por que não iria poder fazer isso...


Ele chegou perto e me beijou, era como se todos meus problemas acabace naquele exato momento, eu só conseguia viver aquele beijo, havia esquecido de tudo. Até que senti ele parar de me beijar, o olhei sem saber o que eu falaria...


-É... O que foi isso?


Nessa hora percebi minha mão suando, estava com um frio na barriga, mas ele estava tão calmo, aquele sorriso...


-Eu te amo Susan. Daria minha vida por você. E me arrependi ter saído daquele jeito no jantar.


-Foi nada. Você não gosta de sangue.


Seu olhar era de dar pena, dei um sorriso meio sem graça para ele, quando ele via meu machucado.


-Doendo muito?


Bem... Eu poderia ter falado que não, mas estaria mentindo, fiz um sinal que sim com a cabeça, seu olhar estava tenso ele parecia estar passando mal, ele tentava para não acontecer algo, deveria ser a vontade de vomitar. Fiquei olhando meu machucado, quando fui olhar para ele, seu olhos estava mais negros do que nunca, aparecia suas veias de perto do rosto, me deu medo mais resolvi perguntar.


-Robert... Ta tudo bem? Seus olhos...


-Não esta tudo bem, tenho que ir.


Ele se levantou e tava saindo do cemitério, ele me deixou sozinha novamente no meio do cemitério, algo que não acreditava... "esta tudo bem" aquela resposta não parecia verdadeira.



Continua...

sábado, 26 de março de 2011

Cap 1 -

-Amor... Esta uma noite feia para ir no cinema!

-Querida relaxa e escuta a música.

O homem aumento o som do rádio, ele não parou de olhar para as ruas, a mulher estava tensa, gelada rezando para nada acontecer... De repente o carro parou, os dois se olharam um para o outro.

-Acho melhor eu ir lá. Ele saiu do carro, foi verificar se algum dos pneus furou. De repente surgiu um grito de sua mulher, ele foi ver e ela estava sangrando... Morta.

-Amor!

Ele se virou e saiu correndo do lugar, avistou uma imagem de um cara.

-Moço você pode me ajudar? Por favor!

-Claro.

Ele foi chegando mais perto, até que de repente ele sumiu, e o homem sentiu sua presença atrás dele, até que...


***************

-Mãe da para parar de ler isso? - Disse quando tirei o jornal da mão dela.

-Mais duas pessoas foram assassinadas.

Sua cara não era nada agradável percebia de longe que ela estava preocupada.

-Vai parar de acontecer isso mãe relaxa, não acontecerá nada com você.

-Não é comigo que estou preocupada é com você minha filha. Já sei quer parar de estudar e quando acabar com essa história você volta?

-Mamãe, para de ser paranóica.

Sabia que o momento era de tensão mas não deu para evitar de rir.

-Você ri né filha, mas saiba que sua mãe sempre te tratará assim, mesmo já sendo quase adulta, você será sempre minha bebê.

Ela levantou da cadeira e me deu um beijo na testa, sabia que no fundo ela queria o meu melhor e eu gostava dessa atenção toda, mas as vezes odiava.

-Eu sei mamãe, tenho que ir. Primeiro dia de aula, não posso ficar com imagem feia pros professores logo no primeiro dia, não acha ?

-Ta filha, cuidado. Boa aula.

-Tchau mamãe.

Quando sai de casa vi que iria ter vizinhos novos e eles iam morar na frente da minha casa, peguei a chave do carro que estava no meu bolso abri o carro e peguei minha mochila e me sentei na calçada, olhando para mudança.

É, eu não posso dirigir minha mãe não quer que eu deixar eu tirar a carteira de motorista, ela sempre pensou que irá acontecer algo de ruim. Quando vi o ônibus escolar chegar, me levantei da calçada e bati minhas mãos nas minhas pernas para tirar a sujeira, quando entrei era como esperava, tinha grupos, nerds, valentões, líderes de torcida, até coloridos... E como sempre eu era que sentava no fundo, comecei a andar quando um dos valentões colocou o pé na minha frente para tropeçar.

-Cuidado ai gatinha.

-Vai tentando.

Os amigos dele riram do fora que dei, é eu podia ser excluída mas os rapazes gostavam de mim. Logo cheguei no fundo e me sentei, colocando minha mochila no meu colo, ligando meu MP4, colocando o som no ultimo volume para não tentar escutar as nojeiras que os garotos falavam.

-Moço espera ai...

Foi quando olhei para ver o que estava acontecendo, vi um garoto, garoto? Eu disse garoto? Claro que ele já era adulto. Quando ele entrou no ônibus, não conseguia parar de olhar para ele, ele era o tipo de menina de torcida iram comentar, ele é um colírio para os olhos. Sua roupa era casual, Calça Jeans preta e meio apertada, camiseta preta com gola "v".

Quando ele caminhava entre o corredor do ônibus todos ficaram olhando ele passar, quando ele veio na minha direção, aqueles segundo foram o mais longos e bonitos que já tive na minha vida inteira.

-Oi posso me sentar aqui?

Ele estava falando comigo, não sabia o que falar, simplesmente demorei alguns segundo parar me recuperar.

-Ah claro, aqui é um ônibus escolar, não precisa pedir para se sentar.

-Ah eu não sabia, nunca andei num. Ele sorrio para mim, foi quando me perdi nos olhos dele.

-Nunca?

-Na verdade, nunca mesmo, meus pais sempre me levaram para escola.

-Entendo...

Quando percebi ele já estava do outro lado do ônibus, ou seja eu tinha entediado ele, era normal acontecer isso comigo. Ele olhava para a janela tampando seu nariz, no começo pensei que estava fedendo... Mas me lembrei que tinha tomado um banho demorado mais ou menos meia hora. Me senti constrangida, será que eu entediei ele? Ou será que ele não queria ser visto comigo... Bem sei que não podia pensar nisso, tinha aula de matemática logo a seguir.

Quando percebi que o ônibus tinha parado olhei para o lado, ele já não estava mais lá, fechei os olhos respirei fundo e me levantei. Quando sai do ônibus tropecei, era normal para mim, sempre fiz isso, quando percebi que uma menina vinha correndo na minha direção com um copo de refrigerante na mão, olhando para trás quando pensei em sair já era tarde, ela trombo em mim e eu já estava toda molhada.

-Ai me desculpa. Desculpa mesmo estava fugindo de um menino...

Deu vontade de dizer "olha para onde anda, entendeu?" Mas não foi a intenção dela, pelo menos quando compramos um refrigerante é para tomar não é?

-Não esta tudo bem.

-Esta mesmo? Me desculpa.

-Já entendi, você não quis fazer isso.

Ela riu, não entendi o motivo do riso mas resolvi acompanhá-la.

-Meu nome é Laura.

Ela esticou sua mão para me cumprimentar, cumprimentei ela.

-Susan, que aula você vai ter agora?

-Matemática e você?

-Eu também...

Sorri, acho que tinha feito uma amiga aquele dia, depois de muitos anos sem fazer amizade.

-Quer ir comigo na aula? Afinal não me lembro de você aqui.

-É ninguém lembra... Não sou muito de conversar. Ou me enturmar, ou de vim em festas.

-Já entendi você não curti nada disso. Mas você vai comigo?

Rimos por alguns segundo e quando percebi que passou a risadas respondi.

-Claro. Mas vou logo te avisando se eu te entediar não sai correndo como as outras pessoas, certo?

Ela riu, bem ela achava que eu estava brincando.

-Pode deixar.

Quando começamos a andar vi que estava tedioso lá, então resolvi puxar assunto.

-Então de qual grupo você é?

-Não entendi.

-Patricinhas, durões, nerds ou coloridos?

-Bem... Não sou muito disso, tento ser eu mesma não seguir os outros.

-Somos duas...

Já estávamos chegando na sala, era só virar esse corredor que estávamos e pronto.

-Onde você se senta?

-Última carteira, Susan sabia que eu sempre sento nessa carteira? Sem brincadeira.

-Que sorte geralmente a terceira carteira é em dupla. Quando entramos na sala percebi que meu lugar era com aquele valentão que fez eu tropeçar no ônibus e logo atrás de mim era ele, o menino que não saia da minha cabeça. Comecei a andar na sala tentando não olhar para o lado, me sentei e o menino do lado tava rindo de mim.

-Perdeu alguma coisa?

Sabia que com isso eu poderia me levar uma surra, mas acho que ele não seria o covarde de me bater em frente de todos.

-Você é mais linda de perto.

-Não precisa me elogiar, eu sei.

Fiz uma cara de ignorante e fiquei olhando para lousa.

-Você se acha muito, não acha?

-Não me acho, só falo a verdade, que pena que não posso dizer o mesmo que você é bonito, não acha?

Percebi que ele apertava o lápis para não descontar em mim, dei um sorrisinho meio sínico, quando percebi que ele, o menino que atrás de mim estava rindo, dos foras que dei pro outro. Quando senti algo me cutucando nas costas, olhei para trás e vi que era ele, o menino, me cutucando com a borracha do lápis dele.

-Me desculpe, pela aquela hora... Do ônibus, meu nome é Robert, posso saber o seu?

-Um dia você saberá.

-Vejo que a senhorita Susan fez amizade com o senhor Robert.

Virei para frente envergonhada, olhei pro professor e abaixei a cabeça, percebi que Robert ria, ótimo ele sabia meu nome, e eu ainda não quis contar qual era, quando falei que era um dia, não pensei que seria naquele dia, e naquele minuto.

Quando tocou o sino, olhei para trás ele já não estava mais lá, me levantei arrumei minhas coisas e fui para meu armário, guardei as coisas e quando fechei me assustei com ele do meu lado.

-Ai que susto.

-Então seu nome é Susan, conheci varias Susan.

-Quantas?

-Muitas... Vai almoçar?

Percebi que ele mudou de assunto e vi seu sorriso no rosto, era lindo, aqueles dentes brancos, parecendo aqueles dentes de propagando de creme dental.

-Sim, to com muita fome.

-Posso te acompanhar?

Vi que ele estava tentando me conquistar, mas eu não era do tipo que caia logo na dos caras.

-Ok, mas onde você quer chegar?

-Como?

-O que você que comigo?

-Ser seu amigo. Isso serve?

-Ta...

Quando caminhamos pelo corredor, ele sorria, primeiro pensara que era por eu estar com ele, mas em outro momento pensara porque seria para mim? Quem ficaria feliz por estar comigo? Quando chegamos sentamos na mesa perto da parede. E ficamos nos olhando um para o outro, até que olhei para floresta do lado da escola.

-Não vai comer?

-Sim... E você senhor Robert?

Ele riu pelo o que eu disse, sorri para ele com um sorriso sem graça, quando ele colocou a mão em cima da minha que estava segurando meu MP4, tirei minha a mão da dele e coloquei minha mão no meio das minhas pernas.

-Não sou de comer.

-Por isso que esta branco e magro desse jeito.

-É deve ser...

Ele riu de mim por alguns segundos, eu não acreditava naquilo ou eu estava mais tonta nessa escola, do que ano passado, ou o pessoal daqui ria de tudo que falavam...

-Então onde você mora?

Não acredito que ele me fez essa pergunta, era na frente da casa dele, será que ele não tinha me visto?

-Em frente da sua casa.

-Ah eu não tinha te visto ainda...

-Não saiu do meu quarto, sou tipo solitária.

-Que tal mudar esse tipo solitária e sair comigo hoje?

-Não sei...

-Fazendo de difícil? Gosto disso.

Ele sorriu para mim, e eu fiquei sem graça não sabia o que falar, fazia anos que não saia com um garoto, ou amigas.

-Onde vamos?

-Então você vai!

-Só se você falar onde vamos.

-Terá uma balada hoje... Não é muito longe da nossa casa.

-Não sou fã de balada. Me desculpa.

-Sabe dançar?

-Não...

-Te ensino então, passo na sua casa as dez horas beleza?

-A espera...

Ele já tinha levantado e ido embora, acho que ele sabia que ia falar que não. Alguma coisa no olhar dele, me dava medo, mas não conseguir ficar mais longe dele... E essa era minha preocupação. Quando eu pensava nele, Laura sentou do meu lado, eu nem percebi que ela estava lá.

-Terra chamando Susan. Você esta ai?

-Me desculpa, estava longe...

-Percebi... Então vai ter um encontro com ele?

-Quem?

-Robert, o gatinho novo da escola.

-Ah vamos numa balada, nada de mais.

-Ah é só de você sair com ele já é alguma coisa.

Sorri para ela, e ela me retribuiu com um tapinha na mão.

-Ele não é tão lindo assim Laura.

-Não? Amiga vai pro hospital porque você não esta passando bem.

Comecei a rir forçado de pois a olhei com cara de séria.

-Engraçadinha.

-Somos amigas Susan. E amigas seve para irritar uma as outras.

-Nossa como você é profunda.

-Mamãe fala isso para mim.

Rimos afinal, não tinha como não rir dela, ela era engraçada, divertida, uma amiga que nunca tinha tido ainda na minha vida inteira.

-Já vai dar a hora de ir.

-Quer vir na minha casa? Minha mãe vai ficar feliz de eu ter feito uma amiga.

-Ta bom.

Quando estávamos na rua sentei na calçada.

-É... Susan o que esta fazendo?

-Esperando o ônibus.

-Tenho carro bebê.

Senti vergonha, caminhamos até o estacionamento, entramos no carro...

**********************************

Quando estávamos perto de casa, vimos várias viaturas paradas na casa do nossos vizinhos, ele tinham uma filha com minha idade ou mais velha, nunca falei com ela mas sabia que os pais dela estavam viajando e ela ter ficado em casa, na hora pensei que tinham assaltado a casa deles, mas percebi que havia ambulância, ai veio coisa pior eles poderiam ter matado a pobre menina, porque ela tentou salvar sua casa.

-Para aqui, Laura.

Ela estacionou o carro e sai do carro, fui o mais rápido que pude, vi minha mãe perto dos policiais, conversando.

-Mamãe o que houve aqui?

Mesmo tentando não parecer ser curiosa, não conseguia enganar ninguém.

-Algum animal, ou ladrão entrou na casa da família Russo.

-Por que animal?

-Porque encontraram ela jogada no chão da sala, cheia de mordida, mas o estranho...

-Fala mãe...

Odeio quando ela faz isso eu parecia mais curiosa do que nunca.

-Não havia gota de sangue no chão nem no corpo, e sabemos que ela perdeu sangue porque esta fraca, quase morrendo.

Me virei, e vi Laura na frente da minha casa, quando caminhava até a direção dela, fiquei pensando no fato que ocorreu, "ok descarta a parte do bandido, não roubaram nada pelo que eu vi, só quase mataram Natalie. Animal... Que estranho, que animal morderia ela, e depois limpar o chão para não ter sangue?" Pensei para mim mesma, sabia que algo estava muito estranho naquele bairro, várias mortes... Nova York nunca foi assim.

-Então Susan, a menina esta bem?

-Que? Ah mais ou menos, pelo que percebi ela perdeu muito sangue... Provavelmente ficará em coma.

-Nossa, e sabe quem fez isso?

-Bem estão suspeitando de algum bandido ou de um animal.

-Bandido?

-Também não entendi essa de bandido, tipo ele não roubou nada. Animal, é meio... Estranho. Que animal morderia e limparia o chão depois?

-Algo esta estranho nessa cidade Susan. Temos que tomar cuidado.

-Juro, juro , que descobrirei quem fez isso.

Personagens: Susan -personagem principal

Robert Meyer - personagem principal

Laura- amiga da Susan

Mãe da Susan

Irmão da Susan

Natalie Russo

Hannah -vilã

Derek - ex da Susan e futuro aliado da Hannah

Sinceramente nao sei mais quem eu sou, ao passar dos anos as coisas mudam, amigos e gente da família se foram, e eu podia ter impedido isso... Mas por algum motivo, queria minha família longe de mim, queria aproveitar o máximo da vida eterna... O mais impressionante é que eu não lembro quando isso foi acontecer comigo, só de uma dor insuportável, ficar muito gelado, e com fome, mas não era fome de comida... Mas sim de sangue. E isso que eu fiz nos meus últimos cem anos de vida.
Mas sempre fui assim, suportava a vontade beber sangue, mas não depois que...

Enfim, logo que meus pais faleceram, resolvi mudar de cidade fui para Nova York acidade que tem gentes mais apetitosas... Seus sangues simplesmente era diferente do que no resto do mundo.
A minha sorte foi que me tornei... quando tinha dezoito anos... Não era muito difícil viver o mesmo tempo mais de cem anos, eu sabida de tudo.
Tudo menos de uma coisa... Que eu iria me apaixonar, por uma mortal. Nunca imaginei que iria arriscar minha vida por uma menina que entrou na minha vida por nada, nunca tinha me sentindo desse jeito, será que eu mesmo sendo um monstro tenho um coração?

Quando diziam que quando agente ama de verdade faria de tudo para aquela pessoa, nunca imaginei que era verdade, será que tudo isso iria acabar? Deixando uma ferida enorme em meu coração ou teremos uma vida longe de amor?
Mudei minha rotina inteira por causa daquela garota e só sei que não quero viver sem ela, nunca, nunca mais, ela melhorou minha vida.
E meu nome é Robert Meyer.