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sábado, 26 de março de 2011

Cap 1 -

-Amor... Esta uma noite feia para ir no cinema!

-Querida relaxa e escuta a música.

O homem aumento o som do rádio, ele não parou de olhar para as ruas, a mulher estava tensa, gelada rezando para nada acontecer... De repente o carro parou, os dois se olharam um para o outro.

-Acho melhor eu ir lá. Ele saiu do carro, foi verificar se algum dos pneus furou. De repente surgiu um grito de sua mulher, ele foi ver e ela estava sangrando... Morta.

-Amor!

Ele se virou e saiu correndo do lugar, avistou uma imagem de um cara.

-Moço você pode me ajudar? Por favor!

-Claro.

Ele foi chegando mais perto, até que de repente ele sumiu, e o homem sentiu sua presença atrás dele, até que...


***************

-Mãe da para parar de ler isso? - Disse quando tirei o jornal da mão dela.

-Mais duas pessoas foram assassinadas.

Sua cara não era nada agradável percebia de longe que ela estava preocupada.

-Vai parar de acontecer isso mãe relaxa, não acontecerá nada com você.

-Não é comigo que estou preocupada é com você minha filha. Já sei quer parar de estudar e quando acabar com essa história você volta?

-Mamãe, para de ser paranóica.

Sabia que o momento era de tensão mas não deu para evitar de rir.

-Você ri né filha, mas saiba que sua mãe sempre te tratará assim, mesmo já sendo quase adulta, você será sempre minha bebê.

Ela levantou da cadeira e me deu um beijo na testa, sabia que no fundo ela queria o meu melhor e eu gostava dessa atenção toda, mas as vezes odiava.

-Eu sei mamãe, tenho que ir. Primeiro dia de aula, não posso ficar com imagem feia pros professores logo no primeiro dia, não acha ?

-Ta filha, cuidado. Boa aula.

-Tchau mamãe.

Quando sai de casa vi que iria ter vizinhos novos e eles iam morar na frente da minha casa, peguei a chave do carro que estava no meu bolso abri o carro e peguei minha mochila e me sentei na calçada, olhando para mudança.

É, eu não posso dirigir minha mãe não quer que eu deixar eu tirar a carteira de motorista, ela sempre pensou que irá acontecer algo de ruim. Quando vi o ônibus escolar chegar, me levantei da calçada e bati minhas mãos nas minhas pernas para tirar a sujeira, quando entrei era como esperava, tinha grupos, nerds, valentões, líderes de torcida, até coloridos... E como sempre eu era que sentava no fundo, comecei a andar quando um dos valentões colocou o pé na minha frente para tropeçar.

-Cuidado ai gatinha.

-Vai tentando.

Os amigos dele riram do fora que dei, é eu podia ser excluída mas os rapazes gostavam de mim. Logo cheguei no fundo e me sentei, colocando minha mochila no meu colo, ligando meu MP4, colocando o som no ultimo volume para não tentar escutar as nojeiras que os garotos falavam.

-Moço espera ai...

Foi quando olhei para ver o que estava acontecendo, vi um garoto, garoto? Eu disse garoto? Claro que ele já era adulto. Quando ele entrou no ônibus, não conseguia parar de olhar para ele, ele era o tipo de menina de torcida iram comentar, ele é um colírio para os olhos. Sua roupa era casual, Calça Jeans preta e meio apertada, camiseta preta com gola "v".

Quando ele caminhava entre o corredor do ônibus todos ficaram olhando ele passar, quando ele veio na minha direção, aqueles segundo foram o mais longos e bonitos que já tive na minha vida inteira.

-Oi posso me sentar aqui?

Ele estava falando comigo, não sabia o que falar, simplesmente demorei alguns segundo parar me recuperar.

-Ah claro, aqui é um ônibus escolar, não precisa pedir para se sentar.

-Ah eu não sabia, nunca andei num. Ele sorrio para mim, foi quando me perdi nos olhos dele.

-Nunca?

-Na verdade, nunca mesmo, meus pais sempre me levaram para escola.

-Entendo...

Quando percebi ele já estava do outro lado do ônibus, ou seja eu tinha entediado ele, era normal acontecer isso comigo. Ele olhava para a janela tampando seu nariz, no começo pensei que estava fedendo... Mas me lembrei que tinha tomado um banho demorado mais ou menos meia hora. Me senti constrangida, será que eu entediei ele? Ou será que ele não queria ser visto comigo... Bem sei que não podia pensar nisso, tinha aula de matemática logo a seguir.

Quando percebi que o ônibus tinha parado olhei para o lado, ele já não estava mais lá, fechei os olhos respirei fundo e me levantei. Quando sai do ônibus tropecei, era normal para mim, sempre fiz isso, quando percebi que uma menina vinha correndo na minha direção com um copo de refrigerante na mão, olhando para trás quando pensei em sair já era tarde, ela trombo em mim e eu já estava toda molhada.

-Ai me desculpa. Desculpa mesmo estava fugindo de um menino...

Deu vontade de dizer "olha para onde anda, entendeu?" Mas não foi a intenção dela, pelo menos quando compramos um refrigerante é para tomar não é?

-Não esta tudo bem.

-Esta mesmo? Me desculpa.

-Já entendi, você não quis fazer isso.

Ela riu, não entendi o motivo do riso mas resolvi acompanhá-la.

-Meu nome é Laura.

Ela esticou sua mão para me cumprimentar, cumprimentei ela.

-Susan, que aula você vai ter agora?

-Matemática e você?

-Eu também...

Sorri, acho que tinha feito uma amiga aquele dia, depois de muitos anos sem fazer amizade.

-Quer ir comigo na aula? Afinal não me lembro de você aqui.

-É ninguém lembra... Não sou muito de conversar. Ou me enturmar, ou de vim em festas.

-Já entendi você não curti nada disso. Mas você vai comigo?

Rimos por alguns segundo e quando percebi que passou a risadas respondi.

-Claro. Mas vou logo te avisando se eu te entediar não sai correndo como as outras pessoas, certo?

Ela riu, bem ela achava que eu estava brincando.

-Pode deixar.

Quando começamos a andar vi que estava tedioso lá, então resolvi puxar assunto.

-Então de qual grupo você é?

-Não entendi.

-Patricinhas, durões, nerds ou coloridos?

-Bem... Não sou muito disso, tento ser eu mesma não seguir os outros.

-Somos duas...

Já estávamos chegando na sala, era só virar esse corredor que estávamos e pronto.

-Onde você se senta?

-Última carteira, Susan sabia que eu sempre sento nessa carteira? Sem brincadeira.

-Que sorte geralmente a terceira carteira é em dupla. Quando entramos na sala percebi que meu lugar era com aquele valentão que fez eu tropeçar no ônibus e logo atrás de mim era ele, o menino que não saia da minha cabeça. Comecei a andar na sala tentando não olhar para o lado, me sentei e o menino do lado tava rindo de mim.

-Perdeu alguma coisa?

Sabia que com isso eu poderia me levar uma surra, mas acho que ele não seria o covarde de me bater em frente de todos.

-Você é mais linda de perto.

-Não precisa me elogiar, eu sei.

Fiz uma cara de ignorante e fiquei olhando para lousa.

-Você se acha muito, não acha?

-Não me acho, só falo a verdade, que pena que não posso dizer o mesmo que você é bonito, não acha?

Percebi que ele apertava o lápis para não descontar em mim, dei um sorrisinho meio sínico, quando percebi que ele, o menino que atrás de mim estava rindo, dos foras que dei pro outro. Quando senti algo me cutucando nas costas, olhei para trás e vi que era ele, o menino, me cutucando com a borracha do lápis dele.

-Me desculpe, pela aquela hora... Do ônibus, meu nome é Robert, posso saber o seu?

-Um dia você saberá.

-Vejo que a senhorita Susan fez amizade com o senhor Robert.

Virei para frente envergonhada, olhei pro professor e abaixei a cabeça, percebi que Robert ria, ótimo ele sabia meu nome, e eu ainda não quis contar qual era, quando falei que era um dia, não pensei que seria naquele dia, e naquele minuto.

Quando tocou o sino, olhei para trás ele já não estava mais lá, me levantei arrumei minhas coisas e fui para meu armário, guardei as coisas e quando fechei me assustei com ele do meu lado.

-Ai que susto.

-Então seu nome é Susan, conheci varias Susan.

-Quantas?

-Muitas... Vai almoçar?

Percebi que ele mudou de assunto e vi seu sorriso no rosto, era lindo, aqueles dentes brancos, parecendo aqueles dentes de propagando de creme dental.

-Sim, to com muita fome.

-Posso te acompanhar?

Vi que ele estava tentando me conquistar, mas eu não era do tipo que caia logo na dos caras.

-Ok, mas onde você quer chegar?

-Como?

-O que você que comigo?

-Ser seu amigo. Isso serve?

-Ta...

Quando caminhamos pelo corredor, ele sorria, primeiro pensara que era por eu estar com ele, mas em outro momento pensara porque seria para mim? Quem ficaria feliz por estar comigo? Quando chegamos sentamos na mesa perto da parede. E ficamos nos olhando um para o outro, até que olhei para floresta do lado da escola.

-Não vai comer?

-Sim... E você senhor Robert?

Ele riu pelo o que eu disse, sorri para ele com um sorriso sem graça, quando ele colocou a mão em cima da minha que estava segurando meu MP4, tirei minha a mão da dele e coloquei minha mão no meio das minhas pernas.

-Não sou de comer.

-Por isso que esta branco e magro desse jeito.

-É deve ser...

Ele riu de mim por alguns segundos, eu não acreditava naquilo ou eu estava mais tonta nessa escola, do que ano passado, ou o pessoal daqui ria de tudo que falavam...

-Então onde você mora?

Não acredito que ele me fez essa pergunta, era na frente da casa dele, será que ele não tinha me visto?

-Em frente da sua casa.

-Ah eu não tinha te visto ainda...

-Não saiu do meu quarto, sou tipo solitária.

-Que tal mudar esse tipo solitária e sair comigo hoje?

-Não sei...

-Fazendo de difícil? Gosto disso.

Ele sorriu para mim, e eu fiquei sem graça não sabia o que falar, fazia anos que não saia com um garoto, ou amigas.

-Onde vamos?

-Então você vai!

-Só se você falar onde vamos.

-Terá uma balada hoje... Não é muito longe da nossa casa.

-Não sou fã de balada. Me desculpa.

-Sabe dançar?

-Não...

-Te ensino então, passo na sua casa as dez horas beleza?

-A espera...

Ele já tinha levantado e ido embora, acho que ele sabia que ia falar que não. Alguma coisa no olhar dele, me dava medo, mas não conseguir ficar mais longe dele... E essa era minha preocupação. Quando eu pensava nele, Laura sentou do meu lado, eu nem percebi que ela estava lá.

-Terra chamando Susan. Você esta ai?

-Me desculpa, estava longe...

-Percebi... Então vai ter um encontro com ele?

-Quem?

-Robert, o gatinho novo da escola.

-Ah vamos numa balada, nada de mais.

-Ah é só de você sair com ele já é alguma coisa.

Sorri para ela, e ela me retribuiu com um tapinha na mão.

-Ele não é tão lindo assim Laura.

-Não? Amiga vai pro hospital porque você não esta passando bem.

Comecei a rir forçado de pois a olhei com cara de séria.

-Engraçadinha.

-Somos amigas Susan. E amigas seve para irritar uma as outras.

-Nossa como você é profunda.

-Mamãe fala isso para mim.

Rimos afinal, não tinha como não rir dela, ela era engraçada, divertida, uma amiga que nunca tinha tido ainda na minha vida inteira.

-Já vai dar a hora de ir.

-Quer vir na minha casa? Minha mãe vai ficar feliz de eu ter feito uma amiga.

-Ta bom.

Quando estávamos na rua sentei na calçada.

-É... Susan o que esta fazendo?

-Esperando o ônibus.

-Tenho carro bebê.

Senti vergonha, caminhamos até o estacionamento, entramos no carro...

**********************************

Quando estávamos perto de casa, vimos várias viaturas paradas na casa do nossos vizinhos, ele tinham uma filha com minha idade ou mais velha, nunca falei com ela mas sabia que os pais dela estavam viajando e ela ter ficado em casa, na hora pensei que tinham assaltado a casa deles, mas percebi que havia ambulância, ai veio coisa pior eles poderiam ter matado a pobre menina, porque ela tentou salvar sua casa.

-Para aqui, Laura.

Ela estacionou o carro e sai do carro, fui o mais rápido que pude, vi minha mãe perto dos policiais, conversando.

-Mamãe o que houve aqui?

Mesmo tentando não parecer ser curiosa, não conseguia enganar ninguém.

-Algum animal, ou ladrão entrou na casa da família Russo.

-Por que animal?

-Porque encontraram ela jogada no chão da sala, cheia de mordida, mas o estranho...

-Fala mãe...

Odeio quando ela faz isso eu parecia mais curiosa do que nunca.

-Não havia gota de sangue no chão nem no corpo, e sabemos que ela perdeu sangue porque esta fraca, quase morrendo.

Me virei, e vi Laura na frente da minha casa, quando caminhava até a direção dela, fiquei pensando no fato que ocorreu, "ok descarta a parte do bandido, não roubaram nada pelo que eu vi, só quase mataram Natalie. Animal... Que estranho, que animal morderia ela, e depois limpar o chão para não ter sangue?" Pensei para mim mesma, sabia que algo estava muito estranho naquele bairro, várias mortes... Nova York nunca foi assim.

-Então Susan, a menina esta bem?

-Que? Ah mais ou menos, pelo que percebi ela perdeu muito sangue... Provavelmente ficará em coma.

-Nossa, e sabe quem fez isso?

-Bem estão suspeitando de algum bandido ou de um animal.

-Bandido?

-Também não entendi essa de bandido, tipo ele não roubou nada. Animal, é meio... Estranho. Que animal morderia e limparia o chão depois?

-Algo esta estranho nessa cidade Susan. Temos que tomar cuidado.

-Juro, juro , que descobrirei quem fez isso.

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